Arquivo da categoria: Frank Zappa

Frank Zappa e The Allman Brothers Band

 

Frank Zappa and his magnificent band performing a cover version of The Allman Brothers Band’s absolute blues classic “Whiping Post”. The performance is the closing song for the 1984  one-hour concert  “Does Humor Belong in Music?” which includes some interviews sections too.

It says everything already. Um cover cheio de personalidade, com arranjos propriamente Zappeanos. O cover é um dos seletos e raros momentos em que o guitarrista neste show saca sua Gibson  e de fato mostra seu jeito distorcido e envenenado de tocar – outro momento é na abertura com Zoot Alures. Durante o resto da performance Zappa mais fuma, canta, conduz a banda e interage com a plateia for entertainment purposes only.

Destaque para o inspirado vocal de Robert (Bobby) Martin calcado no blues e no soul. Sem palavras. Só ouvindo mesmo! Bom domingo ensolarado a todos!

Frank Zappa – Hot Rats (1969)


Na minha humilde opinião, Zappa foi o criador do jazz rock, nada de Miles Davis ou Soft Machine.Zappa incorporou instrumentos típicos do jazz em sua música e deu-lhes a essência do rock.

Na adolescência, Frank Zappa começou a ouvir compositores eruditos, como Igor Stravinsky e outros, além de R&B, rock e etc. Assim, todas essas influência de fundiram-se e resultarem Hot Rats, o pioneiro na quebra da barreira entre o jazz e o rock. Zappa fez,em 1969,o que nenhum outro se atrevira a fazer até então.

Hot Rats é composto por 5 peças instrumentais(Peaches En Regalia,Son Of Mr Green Genes,Little Umbrellas,The Gumbo Variations e It Must Be A Camel) e uma com uma breve, mas insana, participação de Captain Beefheart nos vocais.

Peaches en Regalia é curta, mas extremamente complexa, surpreendo-me com uma música tão bem composta, tão detalhada e que preenche míseros 4 minutos. Nela, ouvimos flauta, ouvimos saxofone, ouvimos piano ,ouvimos teclado e muitos outros, polifonia é o que não falta nessa obra-prima de Zappa.

Willie The Pimp é única, logo de início o agressivo riff de violino nos chama a atenção, seguido do vocal de Captain Beefheart para então, depois desse “aquecimento”, Zappa separar os homens da crianças solando furiosamente sobre a base do baixo e da bateria,que aliás estão excelentes.

Em seguida vem a quebradeira de Son Of Mr Green Genes,que mistura agressivas e memoráveis passagens de metais com a guitarra de Zappa.E que melodia bonita tem essa música,Zappa além de ser um guitarrista de mão cheia era um excelente compositor.

Só essas três magníficas músicas já são suficientes para deixar Hot Rats na história do rock e do jazz,mas Zappa anuncia “Take 2.Vamos começar juntos agora” e então inicia-se a épica The Gumbo Variations,uma “simples”jam de 17 minutos em que todos solam: violino, baixo, bateria e guitarra.Mas quem brilha alto aqui é Ian Underwood, saxofonista e amigo de Frank Zappa desde os tempos do Mothers of Invention.

As outras duas músicas,Little Umbrellas e It Must be a Camel, são ótimas,mas comparadas a esse batalhão descrito acima, são brincadeiras de criança.

Salve Zappa!

Download

———————————————————————————————————————————————————————————————————————————————————————————

Já tenho maturidade musical suficiente para saber que um gênero não é criado de um dia para o outro com o lançamento de um álbum; é um processo acumulativo de ideias que culmina, aí sim, no conceito geral e definidor de um gênero. Logo, Zappa não foi o criador do jazz fusion, nem Miles, nem Soft Machine. De fato todos os três tiveram importância na concepção do jazz fusion e influenciaram, uns mais,outros menos, artistas futuros. Não deleto o texto porque, apesar do zappacentrismo, ficou interessante e funciona como review do álbum.